Imagine a reação de uma pessoa que se interessa em comprar um imóvel. Se for na planta, ela vai até a imobiliária e fica conhecendo o projeto 3D, os folders de apresentação e todo o material gráfico do empreendimento.
Se houver um showroom, o estande mobiliado, ela tem uma dimensão melhor de como vai ficar o imóvel pronto. Ainda assim, é um processo que exige, no mínimo, o deslocamento do cliente até o local.
Uma dificuldade que começa a ser derrubada graças às novas tecnologias.
Com a ampliação do metaverso, um mundo virtual que propõe replicar de forma potencializada o mundo físico, as experiências projetadas para a construção civil ganham um novo patamar. Antes de tudo, porque já é possível conhecer um imóvel sem sair de casa. Mas a tecnologia vem dando mostras ainda mais incríveis do quanto a realidade aumentada poderá oferecer em termos de inovações satisfatórias para o cotidiano que só conhecemos no mundo real.
Um empreendimento imobiliário vai muito além do apartamento. No metaverso, será possível ver a fachada de frente, entrar no prédio, conhecer de perto a área social, o elevador, a vaga da garagem. E isso acompanhado de um corretor de imóveis ou de um representante da própria construtora para fazer a apresentação de cada espaço.
E por que não? Por meio de parcerias, como fabricantes de móveis, por exemplo, será possível remontar o imóvel usando um acervo mobiliário para cada cômodo. Tudo ao gosto do cliente! A experiência de conhecer por completo um produto altamente personalizado, apesar de ainda não estar pronto, é uma realidade perfeitamente verossímil com o metaverso. A humanidade em breve vai se ver num imenso The Sims, aquele game clássico de computador, muito mais real do que se possa imaginar.
Mas vale um adendo: esse mundo novo que vem despontando aos olhos da humanidade representa um passo importante, mas está longe de ser o primeiro, pelo menos para a construção civil. O BIM – sigla de Building Information Modeling, ou Modelagem da Informação da Construção, na tradução – é um sistema revolucionário que já é aplicado há alguns anos pelas melhores empresas de engenharia do País. É o que há, por ora, de mais moderno no âmbito da construção civil.
Ademais, suas potencialidades são em certa medida próximas daquilo que o metaverso oferece, excetuando-se a necessidade do deslocamento se levarmos que nem todo usuário comum dispõe dos meios necessários para rodar o BIM em sua casa. Porém, a apresentação ao cliente permite a ideia de “viajar” pelo empreendimento e também ultrapassa os limites do showroom, estendendo-se a todas as demais dependências físicas do edifício.
Podemos afirmar que os avanços digitais tendem a transpor para o mundo dos pixels o alcance que hoje é um privilégio apenas da nossa realidade física. Há muita coisa a evoluir, mas todos os dias deparamos com novas oportunidades de oferecer aos clientes outros níveis de experiência que prometem elevar até mesmo seu grau de exigência. Em breve, sair de casa pode ser empecilho suficiente para alguém não fechar negócio. Ainda que seja para adquirir um produto tão valioso e emblemático como um imóvel.
O reforço do solo com injeção de cimento é um procedimento muito utilizado em locais com solos coesivos de baixa resistência que requerem a introdução de reforços para reforçar o terreno.
O procedimento realizado para o Reforço do solo com injeção de cimento em Nova Lima é basicamente a execução da perfuração do solo, para que seja possível a instalação de um tubo de PVC manchetado. Um tubo com obturador será inserido dentro do tubo de PVC, por onde será injetada a nata de cimento sob grande pressão de forma controlada. A nata de cimento, também denominada calda de cimento, se infiltrará no solo, preenchendo os vazios existentes, e aumentando os parâmetros geotécnicos do solo e melhorando sua taxa de resistência.
O reforço de solo com injeção de cimento aumenta a impermeabilidade do solo e as condições de estabilidade, sendo muito importante em fundações de barragens e em condições de solo contido, por exemplo. Ocupando espaços vazios, a injeção de cimento se adere totalmente ao local, proporcionando adensamento por completo.
O Reforço do solo com injeção de cimento em Nova Lima é realizado de forma controlada através de bombas e misturadores de tamanhos específicos para cada finalidade. Todas as etapas dos procedimentos realizados são supervisionadas pela ENGESTAB, que conta com o profissionalismo de sua equipe.
O REFORÇO DE SOLO COM INJEÇÃO DE CIMENTO É VASTAMENTE UTILIZADO
O Reforço do solo com injeção de cimento em Nova Lima é vastamente utilizado, visando propiciar ao solo maiores opções de utilização. Essa ação possibilita:
Aumentar a resistência do solo;
Proporcionar maior segurança;
Tornar o solo mais flexível quanto à utilização.
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A Perfuração em Rocha no bairro Savassi é realizada utilizando uma perfuratriz pneumática com um martelo de fundo, que destruirá a rocha no interior da perfuração e removerá suas partículas para a saída do furo, utilizando para isso ar comprimido.
A perfuração de rochas consiste em um procedimento para reforçar e/ou chumbar uma rocha ou matacão que apresente risco de deslizamento.
A perfuração de rochas é feita em regiões onde as formações geológicas podem atrapalhar o desenvolvimento de uma região. Ela é feita com equipamentos específicos e tem indicação principalmente para grandes profundidades.
Como é feito a Perfuração em Rochas no bairro Savassi?
A execução de perfuração em rocha é feita após verificação de uma boa investigação geotécnica da obra e a verificação da necessidade de se ultrapassar o maciço rochoso.
Para execução da perfuração em rocha temos equipamentos manuais, carretas de perfuração, perfuratrizes hidráulicas e pneumáticas, tendo assim para cada obra de engenharia a solução mais adequada.
Para que serve a Perfuração em Rochas?
A perfuração em rocha destaca-se para os serviços de grampeamento de rocha, micro estaca, tirante, chumbador, contenção de talude e encosta.
O serviço de perfuração de rochas vem sendo muito solicitado tanto pelo setor público quanto pelo setor privado. Isso porque, para a realização de diversos projetos, esse procedimento se faz necessário, pois evita quaisquer tipos de acidentes, como um deslizamento, por exemplo. Assim, o procedimento para a perfuração de rochas somente é realizado após minucioso estudo.
É usado em bancadas com boa rampa de acesso e piso com bom nivelamento, por exemplo, podemos utilizar carretas de perfuração hidráulicas. Já para abertura de novas bancadas ou frentes de trabalho e bancadas com rampa de acesso ruim ou em que o piso da bancada tenha muito desnível, utilizam–se equipamentos pneumáticos
Por tudo isso, e para que esse serviço seja realizado de maneira eficiente e com segurança, é fundamental a contratação de uma empresa especializada.
A perfuração de rochas, aqui na Talus Engenharia é realizada com especialista no setor, e garante:
Segurança;
Efetividade;
Qualidade;
Menor impacto ambiental.
O Brasil possui uma diversidade natural, onde se faz necessária a informação de qual o procedimento correto a seguir quando o assunto é perfuração de rochas. Desse modo, grandes rochas são preservadas com o objetivo de manter o meio ambiente o mais intocado possível. Por isso, quando realmente há a necessidade de efetuar a perfuração de rochas, é fundamental contar uma empresa especialista, garantindo que essa preservação aconteça.
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O chamado “novo normal” abriu a necessidade de adaptação de muitos processos básicos da vida cotidiana, para que as pessoas possam levar uma vida o mais próximo possível do que sempre foram. Esse impacto no mercado de trabalho tem afetado diversas profissões, inclusive a engenharia. O impacto foi forte nesta área? Houve alguma mudança na forma como os alunos são ensinados em sala de aula? Para falar sobre esse cenário em uma profissão indispensável no mundo moderno, conversamos com o professor César Pandolfi, coordenador do Centro de Tecnologia e Inovação do Centro Universitário da Serra Gaúcha FSG e coordenador do curso de Engenharia de Produção da FSG, sobre como a pandemia tem afetou o campo da engenharia.
Engenharia, pandemia e o mercado de trabalho
Na contramão do que ocorreu com a maioria dos setores, César Pandolfi explica que não houve altos índices de demissão na área.
– Inclusive, algumas áreas da Engenharia, como a de segurança, processos e logística e engenharia civil, tiveram participação ativa nas mudanças e adaptações necessárias nas empresas em virtude da pandemia – explica.
Pandolfi ainda reforça que alguns dos setores empresariais mantiveram seus engenheiros em lugar de destaque:
– Inovações nos mais diversos setores, desde o alimentício até os que envolvem alta tecnologia, mantiveram as engenharias no patamar das profissões que não sentiram grande impacto com a pandemia.
Qual das engenharias mais sentiu o impacto da pandemia?
Pandolfi comenta que, apesar da área como um todo ter permanecido em alta, alguns de seus segmentos sofreram por motivos que fogem de seu próprio controle.
– Acredito que as áreas da Engenharia que sentiram mais efeito com a pandemia foram as que dependiam de matéria-prima externa, já que as importações sofreram grande impacto com as restrições de vários países. Posso citar a engenharia automobilística, como exemplo – comenta.
O coordenador destaca que nesses ramos, em específico, acredita ter havido uma redução nos postos de trabalho.
– Devido às dificuldades com as importações de insumo, onde muitas indústrias tiveram que sofrer ajustes para conseguirem continuar operando, acredito que houve diminuição do número de postos de emprego desses setores – afirma.
Quais serão os principais desafios para o setor na fase pós-pandêmica?
Diante da possibilidade iminente da pandemia ficar para trás em um futuro próximo, devido aos índices de vacinação, Pandolfi comenta os desafios da profissão nesse cenário:
– Haverá muitas análises e estudos do impacto da pandemia nas empresas, com atenção nas áreas humana, de sustentabilidade e custos. Também se terá cuidado especial com o planejamento estratégico, para as mudanças externas encontrarem a organização preparada internamente.
Ele descarta a possibilidade de estagnação no ramo e aponta qual segmento da profissão vai crescer expressivamente.
– Estagnação está fora de cogitação, quem não se movimentar, vai continuar enfrentando problemas na fase pós-pandêmica, logo, a área de Engenharia, como um todo, tende a crescer. Pode-se destacar que a Engenharia de Segurança, a Engenharia Mecatrônica, Engenharia de Computação e, em algumas regiões, a Engenharia Ambiental, possivelmente manterão um crescimento exponencial – enfatiza.
Um conselho aos futuros engenheiros
Para finalizar, o professor Cesar Pandolfi diz qual conselho dá para os futuros acadêmicos ou mesmo aqueles que já trilham esse caminho.
– Atualizem-se periodicamente, nunca deixem de estudar. Não tenham medo das mudanças, tenham certeza de que são através delas que crescemos e nos desenvolvemos, enquanto pessoas e profissionais. Invistam nessa profissão, que é uma das melhores – conclui.
O Concreto projetado no Mantiqueira é lançado em alta velocidade sobre uma superfície e transportado pneumaticamente, além de ser auto-compactado e de grande resistência.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define o concreto projetado como “um concreto com dimensão máxima do agregado superior a 4,8mm, transportado através de uma tubulação e projetado, sob pressão, a elevada velocidade, sobre uma superfície, sendo compactado simultaneamente”.
Essa técnica de concretagem é utilizada no mundo desde o início do século passado. Já no Brasil, o concreto projetado foi inserido na construção civil na década de 1960.
Aplicação do concreto projetado, técnica utilizada na construção civil brasileira desde a década de 1960.
Quais as principais características do concreto projetado na região do Mantiqueira?
O concreto projetado, também conhecido como gunita, é uma excelente opção na construção de túneis, estabilização de encostas, reforço estrutural, paredes de contenção, piscinas e paredes de concreto armado. É, ainda, o mais indicado para concretagens urgentes em socorro de estruturas que sofreram algum tipo de dano.
Quando comparado com o concreto tradicional, percebe-se que, apesar de a dosagem de cimento ser a mesma (variando entre 300 e 375kg/m³ e, em alguns casos, 500kg/m³), os agregados são tamanhos diferentes, enquanto o projetado trabalha usualmente com Brita 0, o concreto tradicional pode empregar agregados maiores.
Isso ocorre para possibilitar a redução de cimento e a diminuição da retração hidráulica, permitindo que o concreto projetado seja utilizado como material estrutural.
Conforme a definição inicial deste artigo, a mistura é transportada por uma tubulação e propelida em velocidade e pressão elevadas sobre a superfície. O material lançado adere à superfície devido à força do impacto, sem a necessidade dos vibradores. Isso resulta em um concreto resistente e de alta compacidade.
Para aplicar o concreto projetado, é normal a utilização de um aditivo de acelerador de pega, assim como a utilização de fibras para concreto no meio da mistura, que podem substituir até mesmo as armaduras convencionais.
Em se tratando do cimento, não há restrições a serem adotadas. Já os agregados são: areia natural com módulo de finura entre 2,4 e 3,2, além de Brita 0 com Dmax de 12,5mm. Para finalizar, esse tipo de concreto requer os mesmos cuidados com a cura em relação ao concreto convencional.
Quais os tipos de concreto projetado existentes no Mantiqueira?
Os tipos de concreto projetado e o processo de projeção podem ser classificados segundo o tipo de equipamento envolvido. Isso é definido de acordo com as condições nas quais o material irá ser trabalhado.
Levando em conta os equipamentos disponíveis atualmente, é possível definir dois tipos básicos de processo de projeção: por via seca e por via úmida.
Aplicação por via seca
O processo de aplicação do concreto por via seca consiste na mistura do cimento com agregados. Essa mistura é conduzida sob pressão até o bico projetor, no qual recebe a água e os aditivos. Para um menor consumo de cimento, é indicado utilizar um mangote com maior extensão.
Por via seca, o concreto pode ser ajustado às diversas condições da superfície de aplicação, inclusive na presença de água. Entre as vantagens da aplicação via seca, estão:
Alcance da projeção do concreto de até 60 metros de distância;
Menor investimento total quando comparado à via úmida;
Fácil operação dos equipamentos;
Material mais compactado à superfície;
Grandes resistências devido ao baixo fator água/cimento.
Já entre os fatores negativos, destacam-se:
Consumo de ar comprimido, gerando maior esforço do compressor;
Perda de material que não impregna na superfície de aplicação;
Perda de agregado no momento do lançamento;
Geração de poeira.
A projeção via seca tem sido facilitada ao longo dos anos por meio de um processo que permite o pré-umedecimento da mistura durante o trajeto até o bico de projeção. O mangote é seccionado a mais ou menos cinco metros antes do bico, parte em que é conectado um dispositivo que permite a injeção da água.
Além de facilitar a aplicação em si, outra vantagem desse processo é a diminuição da quantidade de pó gerado na operação.
Preparação de bomba para a projeção de concreto via seca.
Aplicação por via úmida
O processo de aplicação por via úmida consiste em uma preparação da forma comum, misturando-se – antes do bombeamento – o cimento, agregados e água. Apenas o aditivo acelerador é adicionado, juntamente com o concreto fresco, na hora da projeção.
Ou seja, o concreto chega à bomba com toda a água necessária já misturada, sendo o ar comprimido utilizado para acelerar a projeção no bico. E, em alguns casos, para pressurização de câmaras da bomba de concreto ou mesmo para transporte da mistura úmida pelo mangote.
Entre as vantagens da aplicação por via úmida, estão:
Menos equipamentos no local de trabalho;
Menor desgaste dos equipamentos utilizados;
Menor consumo de ar comprimido;
Menor perda de material durante o lançamento;
Não produz poeira.
Já os fatores negativos dizem respeito às seguintes situações:
Dificuldade em obter maior resistência, já que o fator água/cimento é alto na mistura;
O concreto é menos compactado, devido ao fator água/cimento ser alto;
Quando aplicado em uma superfície com presença de água, possui maior dificuldade no controle de qualidade do material;
Pode produzir grande perda de material caso seja necessária a interrupção dos serviços.
A diferença desse processo em relação ao anterior é que, por via seca, utiliza-se tal aplicação onde há dificuldade de acesso ou quando a distância entre a usina de concreto e o canteiro é muito grande. No caso de não haver esse cenário, a escolha se dá pela projeção via úmida.
Projeção de concreto por via úmida tem menor consumo de ar comprimido em comparação com a via seca.
Quais as grandes vantagens desse concreto?
Algumas das maiores vantagens do concreto projetado em relação aos demais dizem respeito à maior facilidade de adesão e ganho de resistência em um período de tempo surpreendentemente curto.
Há, também, a dispensa do emprego de fôrmas para conter o selamento das superfícies. Isso ocorre devido à alta velocidade de lançamento e componentes especiais.
Onde ele é usado?
O concreto projetado é amplamente utilizado na estabilização de encostas, reforço estrutural (lajes, vigas, pilares), paredes de contenção, construção de piscinas e reservatórios, barragens e paredes de concreto armado.
Isso sem contar que se trata do material mais indicado para concretagens urgentes em socorro de estruturas que sofreram algum tipo de acidente. Mas, a principal aplicação acontece mesmo na construção de túneis.
Normalmente empregado em túneis com escavação manual ou túneis mineiros, o concreto projetado pode ser útil tanto nos casos de construções feitas em solos quanto em rochas. As aplicações vão desde o revestimento primário de túneis até o revestimento definitivo, em substituição à solução tradicional de revestimento final em concreto moldado in loco.
Na construção de grandes barragens, após escavação e limpeza da rocha, o leito e encostas são tratados com concreto projetado. O motivo diz respeito à boa aderência e pelo material preencher bem as cavidades, antes do lançamento do concreto convencional.
O concreto projetado pode também ser combinado com outras soluções, como revestimento para o solo grampeado, uma tecnologia construtiva desenvolvida inicialmente para a construção de galerias.
Concreto projetado aplicado em um túnel.
Quais são os maiores desafios do concreto projetado?
Podemos destacar as seguintes situações como sendo os maiores desafios do concreto projetado: homogeneidade, índice de reflexão, desplacamento e aderência.
Homogeneidade
A falta de homogeneidade do concreto projetado aparece devido ao próprio processo de projeção, a uma execução descuidada ou a uma falta de experiência da equipe. As causas principais da heterogeneidade do material, apresentando-se com defeitos, são:
Oclusão de material refletido;
Laminação;
Efeito de sombra;
Desplacamentos;
Alterações na superfície do material;
Variação da resistência à compressão do material.
Índices de reflexão
A reflexão é uma característica inerente ao processo de lançamento do concreto projetado. Ela é um dos fatores que determinam a viabilidade econômica do produto, pois o material refletido não pode ser reempregado na projeção.
Os fatores que determinam a maior ou menor reflexão vão desde o traço do concreto e qualidade dos materiais até as condições da superfície.
Os índices de reflexão podem ser minimizados com a incorporação de materiais finos, como a sílica ativa, que além de aumentar a resistência do concreto proporciona maior coesão, redução da dimensão do agregado e aumento do teor de aditivos aceleradores.
Desplacamento
Desplacamento é o fenômeno de destacamento de massa já projetada por falta de aderência. A falta de aderência ocorre devido à aplicação de concreto projetado sobre superfícies com materiais soltos, muito lisos, com camadas de carbonato de cálcio ou muito úmidos. Também pode ocorrer caso o concreto projetado tenha excesso de umidade.
Outra razão é que o concreto projetado normal dificilmente consegue atingir espessuras superiores a 7,5cm sem que haja o rompimento por falta de coesão. Assim, para atingir essas espessuras, utilizam-se várias passadas (o que aumenta a reflexão) ou recorre-se a aditivos aceleradores de pega ou emprego de sílica ativa.
O desplacamento gera um maior risco de acidentes no trabalho durante a projeção, visto que pode ocorrer queda de material sobre algum operário ou sobre o próprio mangoteiro.
Aderência
Como causa desplacamentos, a falta de aderência do concreto projetado causa problemas de custos, assim como de segurança estrutural e operacional. Ela pode ocorrer devido a substratos fracos, muito lisos ou, ainda, que estejam contaminados com material solto ou parcialmente endurecidos.
A pequena resistência do material nas primeiras horas após a projeção também é uma causa importante da falta de aderência. Isso pode desencadear fissuramento junto ao substrato, devido ao próprio peso da camada e à grande deformabilidade. A utilização de uma maior quantidade de aditivos aceleradores de pega seria a solução para essa questão.
Como aumentar a qualidade do concreto projetado?
O fator mais importante do concreto projetado é a coesão, que rege a facilidade que a massa tem de aderir ao substrato. Para que isso ocorra, deve-se aumentar a quantidade de finos do traço do concreto, adicionando a sílica ativa, que é cerca de cem vezes mais fina do que o cimento.
Além de aumentar a durabilidade do concreto, esse processo trará maior coesão, aderência e resistência. Essas questões irão ajudar a prevenir possíveis reações dos agregados com os álcalis do cimento, além de reduzir significativamente o calor de hidratação.
O uso da sílica ativa também tem como principais vantagens reduzir a permeabilidade do concreto, aumentar a resistividade e minimizar os índices de reflexão, além de funcionar como proteção a agentes agressivos.
Fibras de aço e de propileno também são muito utilizadas na elaboração de concretos projetados. Mesmo não tendo como função primordial a elevação da resistência, contribuem para a maior ductilidade do concreto, melhorando a distribuição de fissuras e reduzindo a abertura máxima delas.
Os principais cuidados na hora de usar esse concreto
Com relação à saúde, deve haver o cuidado de usar os EPIs. Afinal, há grande formação de poeira quando o concreto é inserido no equipamento de jateamento por via seca. Além disso, o cimento em si também é perigoso para a pele. Em termos gerais, deve-se sempre usar luvas, máscaras tipo PFF1 e calçados, para a neutralização dos agentes agressivos.
As operações de projeção de concreto incluem perigos como: ocorrências durante a projeção propriamente dita, reflexão, entupimentos, quebra de equipamentos, queimaduras causadas por materiais cáusticos e desplacamentos. No caso de via seca, há ainda a presença de partículas finas em suspensão.
Com relação ao concreto projetado em si, antes do início da aplicação, deve-se verificar se materiais e equipamentos estão em condições de permitir uma operação contínua e eficiente. Caso a preparação das superfícies tenha sido efetuada dias ou semanas antes da aplicação, o substrato deve ser novamente limpo e umedecido.
Vale ressaltar que tanto o concreto projetado por via seca quanto por via úmida utilizam diferentes tipos de equipamentos, com os quais a equipe básica deve estar familiarizada.
O Concreto projetado no Santa Mônica é lançado em alta velocidade sobre uma superfície e transportado pneumaticamente, além de ser auto-compactado e de grande resistência.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define o concreto projetado como “um concreto com dimensão máxima do agregado superior a 4,8mm, transportado através de uma tubulação e projetado, sob pressão, a elevada velocidade, sobre uma superfície, sendo compactado simultaneamente”.
Essa técnica de concretagem é utilizada no mundo desde o início do século passado. Já no Brasil, o concreto projetado foi inserido na construção civil na década de 1960.
Aplicação do concreto projetado, técnica utilizada na construção civil brasileira desde a década de 1960.
Quais as principais características do concreto projetado na região do Santa Mônica?
O concreto projetado, também conhecido como gunita, é uma excelente opção na construção de túneis, estabilização de encostas, reforço estrutural, paredes de contenção, piscinas e paredes de concreto armado. É, ainda, o mais indicado para concretagens urgentes em socorro de estruturas que sofreram algum tipo de dano.
Quando comparado com o concreto tradicional, percebe-se que, apesar de a dosagem de cimento ser a mesma (variando entre 300 e 375kg/m³ e, em alguns casos, 500kg/m³), os agregados são tamanhos diferentes, enquanto o projetado trabalha usualmente com Brita 0, o concreto tradicional pode empregar agregados maiores.
Isso ocorre para possibilitar a redução de cimento e a diminuição da retração hidráulica, permitindo que o concreto projetado seja utilizado como material estrutural.
Conforme a definição inicial deste artigo, a mistura é transportada por uma tubulação e propelida em velocidade e pressão elevadas sobre a superfície. O material lançado adere à superfície devido à força do impacto, sem a necessidade dos vibradores. Isso resulta em um concreto resistente e de alta compacidade.
Para aplicar o concreto projetado, é normal a utilização de um aditivo de acelerador de pega, assim como a utilização de fibras para concreto no meio da mistura, que podem substituir até mesmo as armaduras convencionais.
Em se tratando do cimento, não há restrições a serem adotadas. Já os agregados são: areia natural com módulo de finura entre 2,4 e 3,2, além de Brita 0 com Dmax de 12,5mm. Para finalizar, esse tipo de concreto requer os mesmos cuidados com a cura em relação ao concreto convencional.
Quais os tipos de concreto projetado existentes no Santa Mônica?
Os tipos de concreto projetado e o processo de projeção podem ser classificados segundo o tipo de equipamento envolvido. Isso é definido de acordo com as condições nas quais o material irá ser trabalhado.
Levando em conta os equipamentos disponíveis atualmente, é possível definir dois tipos básicos de processo de projeção: por via seca e por via úmida.
Aplicação por via seca
O processo de aplicação do concreto por via seca consiste na mistura do cimento com agregados. Essa mistura é conduzida sob pressão até o bico projetor, no qual recebe a água e os aditivos. Para um menor consumo de cimento, é indicado utilizar um mangote com maior extensão.
Por via seca, o concreto pode ser ajustado às diversas condições da superfície de aplicação, inclusive na presença de água. Entre as vantagens da aplicação via seca, estão:
Alcance da projeção do concreto de até 60 metros de distância;
Menor investimento total quando comparado à via úmida;
Fácil operação dos equipamentos;
Material mais compactado à superfície;
Grandes resistências devido ao baixo fator água/cimento.
Já entre os fatores negativos, destacam-se:
Consumo de ar comprimido, gerando maior esforço do compressor;
Perda de material que não impregna na superfície de aplicação;
Perda de agregado no momento do lançamento;
Geração de poeira.
A projeção via seca tem sido facilitada ao longo dos anos por meio de um processo que permite o pré-umedecimento da mistura durante o trajeto até o bico de projeção. O mangote é seccionado a mais ou menos cinco metros antes do bico, parte em que é conectado um dispositivo que permite a injeção da água.
Além de facilitar a aplicação em si, outra vantagem desse processo é a diminuição da quantidade de pó gerado na operação.
Preparação de bomba para a projeção de concreto via seca.
Aplicação por via úmida
O processo de aplicação por via úmida consiste em uma preparação da forma comum, misturando-se – antes do bombeamento – o cimento, agregados e água. Apenas o aditivo acelerador é adicionado, juntamente com o concreto fresco, na hora da projeção.
Ou seja, o concreto chega à bomba com toda a água necessária já misturada, sendo o ar comprimido utilizado para acelerar a projeção no bico. E, em alguns casos, para pressurização de câmaras da bomba de concreto ou mesmo para transporte da mistura úmida pelo mangote.
Entre as vantagens da aplicação por via úmida, estão:
Menos equipamentos no local de trabalho;
Menor desgaste dos equipamentos utilizados;
Menor consumo de ar comprimido;
Menor perda de material durante o lançamento;
Não produz poeira.
Já os fatores negativos dizem respeito às seguintes situações:
Dificuldade em obter maior resistência, já que o fator água/cimento é alto na mistura;
O concreto é menos compactado, devido ao fator água/cimento ser alto;
Quando aplicado em uma superfície com presença de água, possui maior dificuldade no controle de qualidade do material;
Pode produzir grande perda de material caso seja necessária a interrupção dos serviços.
A diferença desse processo em relação ao anterior é que, por via seca, utiliza-se tal aplicação onde há dificuldade de acesso ou quando a distância entre a usina de concreto e o canteiro é muito grande. No caso de não haver esse cenário, a escolha se dá pela projeção via úmida.
Projeção de concreto por via úmida tem menor consumo de ar comprimido em comparação com a via seca.
Quais as grandes vantagens desse concreto?
Algumas das maiores vantagens do concreto projetado em relação aos demais dizem respeito à maior facilidade de adesão e ganho de resistência em um período de tempo surpreendentemente curto.
Há, também, a dispensa do emprego de fôrmas para conter o selamento das superfícies. Isso ocorre devido à alta velocidade de lançamento e componentes especiais.
Onde ele é usado?
O concreto projetado é amplamente utilizado na estabilização de encostas, reforço estrutural (lajes, vigas, pilares), paredes de contenção, construção de piscinas e reservatórios, barragens e paredes de concreto armado.
Isso sem contar que se trata do material mais indicado para concretagens urgentes em socorro de estruturas que sofreram algum tipo de acidente. Mas, a principal aplicação acontece mesmo na construção de túneis.
Normalmente empregado em túneis com escavação manual ou túneis mineiros, o concreto projetado pode ser útil tanto nos casos de construções feitas em solos quanto em rochas. As aplicações vão desde o revestimento primário de túneis até o revestimento definitivo, em substituição à solução tradicional de revestimento final em concreto moldado in loco.
Na construção de grandes barragens, após escavação e limpeza da rocha, o leito e encostas são tratados com concreto projetado. O motivo diz respeito à boa aderência e pelo material preencher bem as cavidades, antes do lançamento do concreto convencional.
O concreto projetado pode também ser combinado com outras soluções, como revestimento para o solo grampeado, uma tecnologia construtiva desenvolvida inicialmente para a construção de galerias.
Concreto projetado aplicado em um túnel.
Quais são os maiores desafios do concreto projetado?
Podemos destacar as seguintes situações como sendo os maiores desafios do concreto projetado: homogeneidade, índice de reflexão, desplacamento e aderência.
Homogeneidade
A falta de homogeneidade do concreto projetado aparece devido ao próprio processo de projeção, a uma execução descuidada ou a uma falta de experiência da equipe. As causas principais da heterogeneidade do material, apresentando-se com defeitos, são:
Oclusão de material refletido;
Laminação;
Efeito de sombra;
Desplacamentos;
Alterações na superfície do material;
Variação da resistência à compressão do material.
Índices de reflexão
A reflexão é uma característica inerente ao processo de lançamento do concreto projetado. Ela é um dos fatores que determinam a viabilidade econômica do produto, pois o material refletido não pode ser reempregado na projeção.
Os fatores que determinam a maior ou menor reflexão vão desde o traço do concreto e qualidade dos materiais até as condições da superfície.
Os índices de reflexão podem ser minimizados com a incorporação de materiais finos, como a sílica ativa, que além de aumentar a resistência do concreto proporciona maior coesão, redução da dimensão do agregado e aumento do teor de aditivos aceleradores.
Desplacamento
Desplacamento é o fenômeno de destacamento de massa já projetada por falta de aderência. A falta de aderência ocorre devido à aplicação de concreto projetado sobre superfícies com materiais soltos, muito lisos, com camadas de carbonato de cálcio ou muito úmidos. Também pode ocorrer caso o concreto projetado tenha excesso de umidade.
Outra razão é que o concreto projetado normal dificilmente consegue atingir espessuras superiores a 7,5cm sem que haja o rompimento por falta de coesão. Assim, para atingir essas espessuras, utilizam-se várias passadas (o que aumenta a reflexão) ou recorre-se a aditivos aceleradores de pega ou emprego de sílica ativa.
O desplacamento gera um maior risco de acidentes no trabalho durante a projeção, visto que pode ocorrer queda de material sobre algum operário ou sobre o próprio mangoteiro.
Aderência
Como causa desplacamentos, a falta de aderência do concreto projetado causa problemas de custos, assim como de segurança estrutural e operacional. Ela pode ocorrer devido a substratos fracos, muito lisos ou, ainda, que estejam contaminados com material solto ou parcialmente endurecidos.
A pequena resistência do material nas primeiras horas após a projeção também é uma causa importante da falta de aderência. Isso pode desencadear fissuramento junto ao substrato, devido ao próprio peso da camada e à grande deformabilidade. A utilização de uma maior quantidade de aditivos aceleradores de pega seria a solução para essa questão.
Como aumentar a qualidade do concreto projetado?
O fator mais importante do concreto projetado é a coesão, que rege a facilidade que a massa tem de aderir ao substrato. Para que isso ocorra, deve-se aumentar a quantidade de finos do traço do concreto, adicionando a sílica ativa, que é cerca de cem vezes mais fina do que o cimento.
Além de aumentar a durabilidade do concreto, esse processo trará maior coesão, aderência e resistência. Essas questões irão ajudar a prevenir possíveis reações dos agregados com os álcalis do cimento, além de reduzir significativamente o calor de hidratação.
O uso da sílica ativa também tem como principais vantagens reduzir a permeabilidade do concreto, aumentar a resistividade e minimizar os índices de reflexão, além de funcionar como proteção a agentes agressivos.
Fibras de aço e de propileno também são muito utilizadas na elaboração de concretos projetados. Mesmo não tendo como função primordial a elevação da resistência, contribuem para a maior ductilidade do concreto, melhorando a distribuição de fissuras e reduzindo a abertura máxima delas.
Os principais cuidados na hora de usar esse concreto
Com relação à saúde, deve haver o cuidado de usar os EPIs. Afinal, há grande formação de poeira quando o concreto é inserido no equipamento de jateamento por via seca. Além disso, o cimento em si também é perigoso para a pele. Em termos gerais, deve-se sempre usar luvas, máscaras tipo PFF1 e calçados, para a neutralização dos agentes agressivos.
As operações de projeção de concreto incluem perigos como: ocorrências durante a projeção propriamente dita, reflexão, entupimentos, quebra de equipamentos, queimaduras causadas por materiais cáusticos e desplacamentos. No caso de via seca, há ainda a presença de partículas finas em suspensão.
Com relação ao concreto projetado em si, antes do início da aplicação, deve-se verificar se materiais e equipamentos estão em condições de permitir uma operação contínua e eficiente. Caso a preparação das superfícies tenha sido efetuada dias ou semanas antes da aplicação, o substrato deve ser novamente limpo e umedecido.
Vale ressaltar que tanto o concreto projetado por via seca quanto por via úmida utilizam diferentes tipos de equipamentos, com os quais a equipe básica deve estar familiarizada.
O Concreto projetado no Padre Eustáquio é lançado em alta velocidade sobre uma superfície e transportado pneumaticamente, além de ser auto-compactado e de grande resistência.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define o concreto projetado como “um concreto com dimensão máxima do agregado superior a 4,8mm, transportado através de uma tubulação e projetado, sob pressão, a elevada velocidade, sobre uma superfície, sendo compactado simultaneamente”.
Essa técnica de concretagem é utilizada no mundo desde o início do século passado. Já no Brasil, o concreto projetado foi inserido na construção civil na década de 1960.
Aplicação do concreto projetado, técnica utilizada na construção civil brasileira desde a década de 1960.
Quais as principais características do concreto projetado na região do Padre Eustáquio?
O concreto projetado, também conhecido como gunita, é uma excelente opção na construção de túneis, estabilização de encostas, reforço estrutural, paredes de contenção, piscinas e paredes de concreto armado. É, ainda, o mais indicado para concretagens urgentes em socorro de estruturas que sofreram algum tipo de dano.
Quando comparado com o concreto tradicional, percebe-se que, apesar de a dosagem de cimento ser a mesma (variando entre 300 e 375kg/m³ e, em alguns casos, 500kg/m³), os agregados são tamanhos diferentes, enquanto o projetado trabalha usualmente com Brita 0, o concreto tradicional pode empregar agregados maiores.
Isso ocorre para possibilitar a redução de cimento e a diminuição da retração hidráulica, permitindo que o concreto projetado seja utilizado como material estrutural.
Conforme a definição inicial deste artigo, a mistura é transportada por uma tubulação e propelida em velocidade e pressão elevadas sobre a superfície. O material lançado adere à superfície devido à força do impacto, sem a necessidade dos vibradores. Isso resulta em um concreto resistente e de alta compacidade.
Para aplicar o concreto projetado, é normal a utilização de um aditivo de acelerador de pega, assim como a utilização de fibras para concreto no meio da mistura, que podem substituir até mesmo as armaduras convencionais.
Em se tratando do cimento, não há restrições a serem adotadas. Já os agregados são: areia natural com módulo de finura entre 2,4 e 3,2, além de Brita 0 com Dmax de 12,5mm. Para finalizar, esse tipo de concreto requer os mesmos cuidados com a cura em relação ao concreto convencional.
Quais os tipos de concreto projetado existentes no Padre Eustáquio?
Os tipos de concreto projetado e o processo de projeção podem ser classificados segundo o tipo de equipamento envolvido. Isso é definido de acordo com as condições nas quais o material irá ser trabalhado.
Levando em conta os equipamentos disponíveis atualmente, é possível definir dois tipos básicos de processo de projeção: por via seca e por via úmida.
Aplicação por via seca
O processo de aplicação do concreto por via seca consiste na mistura do cimento com agregados. Essa mistura é conduzida sob pressão até o bico projetor, no qual recebe a água e os aditivos. Para um menor consumo de cimento, é indicado utilizar um mangote com maior extensão.
Por via seca, o concreto pode ser ajustado às diversas condições da superfície de aplicação, inclusive na presença de água. Entre as vantagens da aplicação via seca, estão:
Alcance da projeção do concreto de até 60 metros de distância;
Menor investimento total quando comparado à via úmida;
Fácil operação dos equipamentos;
Material mais compactado à superfície;
Grandes resistências devido ao baixo fator água/cimento.
Já entre os fatores negativos, destacam-se:
Consumo de ar comprimido, gerando maior esforço do compressor;
Perda de material que não impregna na superfície de aplicação;
Perda de agregado no momento do lançamento;
Geração de poeira.
A projeção via seca tem sido facilitada ao longo dos anos por meio de um processo que permite o pré-umedecimento da mistura durante o trajeto até o bico de projeção. O mangote é seccionado a mais ou menos cinco metros antes do bico, parte em que é conectado um dispositivo que permite a injeção da água.
Além de facilitar a aplicação em si, outra vantagem desse processo é a diminuição da quantidade de pó gerado na operação.
Preparação de bomba para a projeção de concreto via seca.
Aplicação por via úmida
O processo de aplicação por via úmida consiste em uma preparação da forma comum, misturando-se – antes do bombeamento – o cimento, agregados e água. Apenas o aditivo acelerador é adicionado, juntamente com o concreto fresco, na hora da projeção.
Ou seja, o concreto chega à bomba com toda a água necessária já misturada, sendo o ar comprimido utilizado para acelerar a projeção no bico. E, em alguns casos, para pressurização de câmaras da bomba de concreto ou mesmo para transporte da mistura úmida pelo mangote.
Entre as vantagens da aplicação por via úmida, estão:
Menos equipamentos no local de trabalho;
Menor desgaste dos equipamentos utilizados;
Menor consumo de ar comprimido;
Menor perda de material durante o lançamento;
Não produz poeira.
Já os fatores negativos dizem respeito às seguintes situações:
Dificuldade em obter maior resistência, já que o fator água/cimento é alto na mistura;
O concreto é menos compactado, devido ao fator água/cimento ser alto;
Quando aplicado em uma superfície com presença de água, possui maior dificuldade no controle de qualidade do material;
Pode produzir grande perda de material caso seja necessária a interrupção dos serviços.
A diferença desse processo em relação ao anterior é que, por via seca, utiliza-se tal aplicação onde há dificuldade de acesso ou quando a distância entre a usina de concreto e o canteiro é muito grande. No caso de não haver esse cenário, a escolha se dá pela projeção via úmida.
Projeção de concreto por via úmida tem menor consumo de ar comprimido em comparação com a via seca.
Quais as grandes vantagens desse concreto?
Algumas das maiores vantagens do concreto projetado em relação aos demais dizem respeito à maior facilidade de adesão e ganho de resistência em um período de tempo surpreendentemente curto.
Há, também, a dispensa do emprego de fôrmas para conter o selamento das superfícies. Isso ocorre devido à alta velocidade de lançamento e componentes especiais.
Onde ele é usado?
O concreto projetado é amplamente utilizado na estabilização de encostas, reforço estrutural (lajes, vigas, pilares), paredes de contenção, construção de piscinas e reservatórios, barragens e paredes de concreto armado.
Isso sem contar que se trata do material mais indicado para concretagens urgentes em socorro de estruturas que sofreram algum tipo de acidente. Mas, a principal aplicação acontece mesmo na construção de túneis.
Normalmente empregado em túneis com escavação manual ou túneis mineiros, o concreto projetado pode ser útil tanto nos casos de construções feitas em solos quanto em rochas. As aplicações vão desde o revestimento primário de túneis até o revestimento definitivo, em substituição à solução tradicional de revestimento final em concreto moldado in loco.
Na construção de grandes barragens, após escavação e limpeza da rocha, o leito e encostas são tratados com concreto projetado. O motivo diz respeito à boa aderência e pelo material preencher bem as cavidades, antes do lançamento do concreto convencional.
O concreto projetado pode também ser combinado com outras soluções, como revestimento para o solo grampeado, uma tecnologia construtiva desenvolvida inicialmente para a construção de galerias.
Concreto projetado aplicado em um túnel.
Quais são os maiores desafios do concreto projetado?
Podemos destacar as seguintes situações como sendo os maiores desafios do concreto projetado: homogeneidade, índice de reflexão, desplacamento e aderência.
Homogeneidade
A falta de homogeneidade do concreto projetado aparece devido ao próprio processo de projeção, a uma execução descuidada ou a uma falta de experiência da equipe. As causas principais da heterogeneidade do material, apresentando-se com defeitos, são:
Oclusão de material refletido;
Laminação;
Efeito de sombra;
Desplacamentos;
Alterações na superfície do material;
Variação da resistência à compressão do material.
Índices de reflexão
A reflexão é uma característica inerente ao processo de lançamento do concreto projetado. Ela é um dos fatores que determinam a viabilidade econômica do produto, pois o material refletido não pode ser reempregado na projeção.
Os fatores que determinam a maior ou menor reflexão vão desde o traço do concreto e qualidade dos materiais até as condições da superfície.
Os índices de reflexão podem ser minimizados com a incorporação de materiais finos, como a sílica ativa, que além de aumentar a resistência do concreto proporciona maior coesão, redução da dimensão do agregado e aumento do teor de aditivos aceleradores.
Desplacamento
Desplacamento é o fenômeno de destacamento de massa já projetada por falta de aderência. A falta de aderência ocorre devido à aplicação de concreto projetado sobre superfícies com materiais soltos, muito lisos, com camadas de carbonato de cálcio ou muito úmidos. Também pode ocorrer caso o concreto projetado tenha excesso de umidade.
Outra razão é que o concreto projetado normal dificilmente consegue atingir espessuras superiores a 7,5cm sem que haja o rompimento por falta de coesão. Assim, para atingir essas espessuras, utilizam-se várias passadas (o que aumenta a reflexão) ou recorre-se a aditivos aceleradores de pega ou emprego de sílica ativa.
O desplacamento gera um maior risco de acidentes no trabalho durante a projeção, visto que pode ocorrer queda de material sobre algum operário ou sobre o próprio mangoteiro.
Aderência
Como causa desplacamentos, a falta de aderência do concreto projetado causa problemas de custos, assim como de segurança estrutural e operacional. Ela pode ocorrer devido a substratos fracos, muito lisos ou, ainda, que estejam contaminados com material solto ou parcialmente endurecidos.
A pequena resistência do material nas primeiras horas após a projeção também é uma causa importante da falta de aderência. Isso pode desencadear fissuramento junto ao substrato, devido ao próprio peso da camada e à grande deformabilidade. A utilização de uma maior quantidade de aditivos aceleradores de pega seria a solução para essa questão.
Como aumentar a qualidade do concreto projetado?
O fator mais importante do concreto projetado é a coesão, que rege a facilidade que a massa tem de aderir ao substrato. Para que isso ocorra, deve-se aumentar a quantidade de finos do traço do concreto, adicionando a sílica ativa, que é cerca de cem vezes mais fina do que o cimento.
Além de aumentar a durabilidade do concreto, esse processo trará maior coesão, aderência e resistência. Essas questões irão ajudar a prevenir possíveis reações dos agregados com os álcalis do cimento, além de reduzir significativamente o calor de hidratação.
O uso da sílica ativa também tem como principais vantagens reduzir a permeabilidade do concreto, aumentar a resistividade e minimizar os índices de reflexão, além de funcionar como proteção a agentes agressivos.
Fibras de aço e de propileno também são muito utilizadas na elaboração de concretos projetados. Mesmo não tendo como função primordial a elevação da resistência, contribuem para a maior ductilidade do concreto, melhorando a distribuição de fissuras e reduzindo a abertura máxima delas.
Os principais cuidados na hora de usar esse concreto
Com relação à saúde, deve haver o cuidado de usar os EPIs. Afinal, há grande formação de poeira quando o concreto é inserido no equipamento de jateamento por via seca. Além disso, o cimento em si também é perigoso para a pele. Em termos gerais, deve-se sempre usar luvas, máscaras tipo PFF1 e calçados, para a neutralização dos agentes agressivos.
As operações de projeção de concreto incluem perigos como: ocorrências durante a projeção propriamente dita, reflexão, entupimentos, quebra de equipamentos, queimaduras causadas por materiais cáusticos e desplacamentos. No caso de via seca, há ainda a presença de partículas finas em suspensão.
Com relação ao concreto projetado em si, antes do início da aplicação, deve-se verificar se materiais e equipamentos estão em condições de permitir uma operação contínua e eficiente. Caso a preparação das superfícies tenha sido efetuada dias ou semanas antes da aplicação, o substrato deve ser novamente limpo e umedecido.
Vale ressaltar que tanto o concreto projetado por via seca quanto por via úmida utilizam diferentes tipos de equipamentos, com os quais a equipe básica deve estar familiarizada.
O Concreto projetado no Buritis é lançado em alta velocidade sobre uma superfície e transportado pneumaticamente, além de ser auto-compactado e de grande resistência.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define o concreto projetado como “um concreto com dimensão máxima do agregado superior a 4,8mm, transportado através de uma tubulação e projetado, sob pressão, a elevada velocidade, sobre uma superfície, sendo compactado simultaneamente”.
Essa técnica de concretagem é utilizada no mundo desde o início do século passado. Já no Brasil, o concreto projetado foi inserido na construção civil na década de 1960.
Aplicação do concreto projetado, técnica utilizada na construção civil brasileira desde a década de 1960.
Quais as principais características do concreto projetado na região do Buritis?
O concreto projetado, também conhecido como gunita, é uma excelente opção na construção de túneis, estabilização de encostas, reforço estrutural, paredes de contenção, piscinas e paredes de concreto armado. É, ainda, o mais indicado para concretagens urgentes em socorro de estruturas que sofreram algum tipo de dano.
Quando comparado com o concreto tradicional, percebe-se que, apesar de a dosagem de cimento ser a mesma (variando entre 300 e 375kg/m³ e, em alguns casos, 500kg/m³), os agregados são tamanhos diferentes, enquanto o projetado trabalha usualmente com Brita 0, o concreto tradicional pode empregar agregados maiores.
Isso ocorre para possibilitar a redução de cimento e a diminuição da retração hidráulica, permitindo que o concreto projetado seja utilizado como material estrutural.
Conforme a definição inicial deste artigo, a mistura é transportada por uma tubulação e propelida em velocidade e pressão elevadas sobre a superfície. O material lançado adere à superfície devido à força do impacto, sem a necessidade dos vibradores. Isso resulta em um concreto resistente e de alta compacidade.
Para aplicar o concreto projetado, é normal a utilização de um aditivo de acelerador de pega, assim como a utilização de fibras para concreto no meio da mistura, que podem substituir até mesmo as armaduras convencionais.
Em se tratando do cimento, não há restrições a serem adotadas. Já os agregados são: areia natural com módulo de finura entre 2,4 e 3,2, além de Brita 0 com Dmax de 12,5mm. Para finalizar, esse tipo de concreto requer os mesmos cuidados com a cura em relação ao concreto convencional.
Quais os tipos de concreto projetado existentes no Buritis?
Os tipos de concreto projetado e o processo de projeção podem ser classificados segundo o tipo de equipamento envolvido. Isso é definido de acordo com as condições nas quais o material irá ser trabalhado.
Levando em conta os equipamentos disponíveis atualmente, é possível definir dois tipos básicos de processo de projeção: por via seca e por via úmida.
Aplicação por via seca
O processo de aplicação do concreto por via seca consiste na mistura do cimento com agregados. Essa mistura é conduzida sob pressão até o bico projetor, no qual recebe a água e os aditivos. Para um menor consumo de cimento, é indicado utilizar um mangote com maior extensão.
Por via seca, o concreto pode ser ajustado às diversas condições da superfície de aplicação, inclusive na presença de água. Entre as vantagens da aplicação via seca, estão:
Alcance da projeção do concreto de até 60 metros de distância;
Menor investimento total quando comparado à via úmida;
Fácil operação dos equipamentos;
Material mais compactado à superfície;
Grandes resistências devido ao baixo fator água/cimento.
Já entre os fatores negativos, destacam-se:
Consumo de ar comprimido, gerando maior esforço do compressor;
Perda de material que não impregna na superfície de aplicação;
Perda de agregado no momento do lançamento;
Geração de poeira.
A projeção via seca tem sido facilitada ao longo dos anos por meio de um processo que permite o pré-umedecimento da mistura durante o trajeto até o bico de projeção. O mangote é seccionado a mais ou menos cinco metros antes do bico, parte em que é conectado um dispositivo que permite a injeção da água.
Além de facilitar a aplicação em si, outra vantagem desse processo é a diminuição da quantidade de pó gerado na operação.
Preparação de bomba para a projeção de concreto via seca.
Aplicação por via úmida
O processo de aplicação por via úmida consiste em uma preparação da forma comum, misturando-se – antes do bombeamento – o cimento, agregados e água. Apenas o aditivo acelerador é adicionado, juntamente com o concreto fresco, na hora da projeção.
Ou seja, o concreto chega à bomba com toda a água necessária já misturada, sendo o ar comprimido utilizado para acelerar a projeção no bico. E, em alguns casos, para pressurização de câmaras da bomba de concreto ou mesmo para transporte da mistura úmida pelo mangote.
Entre as vantagens da aplicação por via úmida, estão:
Menos equipamentos no local de trabalho;
Menor desgaste dos equipamentos utilizados;
Menor consumo de ar comprimido;
Menor perda de material durante o lançamento;
Não produz poeira.
Já os fatores negativos dizem respeito às seguintes situações:
Dificuldade em obter maior resistência, já que o fator água/cimento é alto na mistura;
O concreto é menos compactado, devido ao fator água/cimento ser alto;
Quando aplicado em uma superfície com presença de água, possui maior dificuldade no controle de qualidade do material;
Pode produzir grande perda de material caso seja necessária a interrupção dos serviços.
A diferença desse processo em relação ao anterior é que, por via seca, utiliza-se tal aplicação onde há dificuldade de acesso ou quando a distância entre a usina de concreto e o canteiro é muito grande. No caso de não haver esse cenário, a escolha se dá pela projeção via úmida.
Projeção de concreto por via úmida tem menor consumo de ar comprimido em comparação com a via seca.
Quais as grandes vantagens desse concreto?
Algumas das maiores vantagens do concreto projetado em relação aos demais dizem respeito à maior facilidade de adesão e ganho de resistência em um período de tempo surpreendentemente curto.
Há, também, a dispensa do emprego de fôrmas para conter o selamento das superfícies. Isso ocorre devido à alta velocidade de lançamento e componentes especiais.
Onde ele é usado?
O concreto projetado é amplamente utilizado na estabilização de encostas, reforço estrutural (lajes, vigas, pilares), paredes de contenção, construção de piscinas e reservatórios, barragens e paredes de concreto armado.
Isso sem contar que se trata do material mais indicado para concretagens urgentes em socorro de estruturas que sofreram algum tipo de acidente. Mas, a principal aplicação acontece mesmo na construção de túneis.
Normalmente empregado em túneis com escavação manual ou túneis mineiros, o concreto projetado pode ser útil tanto nos casos de construções feitas em solos quanto em rochas. As aplicações vão desde o revestimento primário de túneis até o revestimento definitivo, em substituição à solução tradicional de revestimento final em concreto moldado in loco.
Na construção de grandes barragens, após escavação e limpeza da rocha, o leito e encostas são tratados com concreto projetado. O motivo diz respeito à boa aderência e pelo material preencher bem as cavidades, antes do lançamento do concreto convencional.
O concreto projetado pode também ser combinado com outras soluções, como revestimento para o solo grampeado, uma tecnologia construtiva desenvolvida inicialmente para a construção de galerias.
Concreto projetado aplicado em um túnel.
Quais são os maiores desafios do concreto projetado?
Podemos destacar as seguintes situações como sendo os maiores desafios do concreto projetado: homogeneidade, índice de reflexão, desplacamento e aderência.
Homogeneidade
A falta de homogeneidade do concreto projetado aparece devido ao próprio processo de projeção, a uma execução descuidada ou a uma falta de experiência da equipe. As causas principais da heterogeneidade do material, apresentando-se com defeitos, são:
Oclusão de material refletido;
Laminação;
Efeito de sombra;
Desplacamentos;
Alterações na superfície do material;
Variação da resistência à compressão do material.
Índices de reflexão
A reflexão é uma característica inerente ao processo de lançamento do concreto projetado. Ela é um dos fatores que determinam a viabilidade econômica do produto, pois o material refletido não pode ser reempregado na projeção.
Os fatores que determinam a maior ou menor reflexão vão desde o traço do concreto e qualidade dos materiais até as condições da superfície.
Os índices de reflexão podem ser minimizados com a incorporação de materiais finos, como a sílica ativa, que além de aumentar a resistência do concreto proporciona maior coesão, redução da dimensão do agregado e aumento do teor de aditivos aceleradores.
Desplacamento
Desplacamento é o fenômeno de destacamento de massa já projetada por falta de aderência. A falta de aderência ocorre devido à aplicação de concreto projetado sobre superfícies com materiais soltos, muito lisos, com camadas de carbonato de cálcio ou muito úmidos. Também pode ocorrer caso o concreto projetado tenha excesso de umidade.
Outra razão é que o concreto projetado normal dificilmente consegue atingir espessuras superiores a 7,5cm sem que haja o rompimento por falta de coesão. Assim, para atingir essas espessuras, utilizam-se várias passadas (o que aumenta a reflexão) ou recorre-se a aditivos aceleradores de pega ou emprego de sílica ativa.
O desplacamento gera um maior risco de acidentes no trabalho durante a projeção, visto que pode ocorrer queda de material sobre algum operário ou sobre o próprio mangoteiro.
Aderência
Como causa desplacamentos, a falta de aderência do concreto projetado causa problemas de custos, assim como de segurança estrutural e operacional. Ela pode ocorrer devido a substratos fracos, muito lisos ou, ainda, que estejam contaminados com material solto ou parcialmente endurecidos.
A pequena resistência do material nas primeiras horas após a projeção também é uma causa importante da falta de aderência. Isso pode desencadear fissuramento junto ao substrato, devido ao próprio peso da camada e à grande deformabilidade. A utilização de uma maior quantidade de aditivos aceleradores de pega seria a solução para essa questão.
Como aumentar a qualidade do concreto projetado?
O fator mais importante do concreto projetado é a coesão, que rege a facilidade que a massa tem de aderir ao substrato. Para que isso ocorra, deve-se aumentar a quantidade de finos do traço do concreto, adicionando a sílica ativa, que é cerca de cem vezes mais fina do que o cimento.
Além de aumentar a durabilidade do concreto, esse processo trará maior coesão, aderência e resistência. Essas questões irão ajudar a prevenir possíveis reações dos agregados com os álcalis do cimento, além de reduzir significativamente o calor de hidratação.
O uso da sílica ativa também tem como principais vantagens reduzir a permeabilidade do concreto, aumentar a resistividade e minimizar os índices de reflexão, além de funcionar como proteção a agentes agressivos.
Fibras de aço e de propileno também são muito utilizadas na elaboração de concretos projetados. Mesmo não tendo como função primordial a elevação da resistência, contribuem para a maior ductilidade do concreto, melhorando a distribuição de fissuras e reduzindo a abertura máxima delas.
Os principais cuidados na hora de usar esse concreto
Com relação à saúde, deve haver o cuidado de usar os EPIs. Afinal, há grande formação de poeira quando o concreto é inserido no equipamento de jateamento por via seca. Além disso, o cimento em si também é perigoso para a pele. Em termos gerais, deve-se sempre usar luvas, máscaras tipo PFF1 e calçados, para a neutralização dos agentes agressivos.
As operações de projeção de concreto incluem perigos como: ocorrências durante a projeção propriamente dita, reflexão, entupimentos, quebra de equipamentos, queimaduras causadas por materiais cáusticos e desplacamentos. No caso de via seca, há ainda a presença de partículas finas em suspensão.
Com relação ao concreto projetado em si, antes do início da aplicação, deve-se verificar se materiais e equipamentos estão em condições de permitir uma operação contínua e eficiente. Caso a preparação das superfícies tenha sido efetuada dias ou semanas antes da aplicação, o substrato deve ser novamente limpo e umedecido.
Vale ressaltar que tanto o concreto projetado por via seca quanto por via úmida utilizam diferentes tipos de equipamentos, com os quais a equipe básica deve estar familiarizada.
O Concreto projetado no Santa Terezinha é lançado em alta velocidade sobre uma superfície e transportado pneumaticamente, além de ser auto-compactado e de grande resistência.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define o concreto projetado como “um concreto com dimensão máxima do agregado superior a 4,8mm, transportado através de uma tubulação e projetado, sob pressão, a elevada velocidade, sobre uma superfície, sendo compactado simultaneamente”.
Essa técnica de concretagem é utilizada no mundo desde o início do século passado. Já no Brasil, o concreto projetado foi inserido na construção civil na década de 1960.
Aplicação do concreto projetado, técnica utilizada na construção civil brasileira desde a década de 1960.
Quais as principais características do concreto projetado na região do Santa Terezinha?
O concreto projetado, também conhecido como gunita, é uma excelente opção na construção de túneis, estabilização de encostas, reforço estrutural, paredes de contenção, piscinas e paredes de concreto armado. É, ainda, o mais indicado para concretagens urgentes em socorro de estruturas que sofreram algum tipo de dano.
Quando comparado com o concreto tradicional, percebe-se que, apesar de a dosagem de cimento ser a mesma (variando entre 300 e 375kg/m³ e, em alguns casos, 500kg/m³), os agregados são tamanhos diferentes, enquanto o projetado trabalha usualmente com Brita 0, o concreto tradicional pode empregar agregados maiores.
Isso ocorre para possibilitar a redução de cimento e a diminuição da retração hidráulica, permitindo que o concreto projetado seja utilizado como material estrutural.
Conforme a definição inicial deste artigo, a mistura é transportada por uma tubulação e propelida em velocidade e pressão elevadas sobre a superfície. O material lançado adere à superfície devido à força do impacto, sem a necessidade dos vibradores. Isso resulta em um concreto resistente e de alta compacidade.
Para aplicar o concreto projetado, é normal a utilização de um aditivo de acelerador de pega, assim como a utilização de fibras para concreto no meio da mistura, que podem substituir até mesmo as armaduras convencionais.
Em se tratando do cimento, não há restrições a serem adotadas. Já os agregados são: areia natural com módulo de finura entre 2,4 e 3,2, além de Brita 0 com Dmax de 12,5mm. Para finalizar, esse tipo de concreto requer os mesmos cuidados com a cura em relação ao concreto convencional.
Quais os tipos de concreto projetado existentes no Santa Terezinha?
Os tipos de concreto projetado e o processo de projeção podem ser classificados segundo o tipo de equipamento envolvido. Isso é definido de acordo com as condições nas quais o material irá ser trabalhado.
Levando em conta os equipamentos disponíveis atualmente, é possível definir dois tipos básicos de processo de projeção: por via seca e por via úmida.
Aplicação por via seca
O processo de aplicação do concreto por via seca consiste na mistura do cimento com agregados. Essa mistura é conduzida sob pressão até o bico projetor, no qual recebe a água e os aditivos. Para um menor consumo de cimento, é indicado utilizar um mangote com maior extensão.
Por via seca, o concreto pode ser ajustado às diversas condições da superfície de aplicação, inclusive na presença de água. Entre as vantagens da aplicação via seca, estão:
Alcance da projeção do concreto de até 60 metros de distância;
Menor investimento total quando comparado à via úmida;
Fácil operação dos equipamentos;
Material mais compactado à superfície;
Grandes resistências devido ao baixo fator água/cimento.
Já entre os fatores negativos, destacam-se:
Consumo de ar comprimido, gerando maior esforço do compressor;
Perda de material que não impregna na superfície de aplicação;
Perda de agregado no momento do lançamento;
Geração de poeira.
A projeção via seca tem sido facilitada ao longo dos anos por meio de um processo que permite o pré-umedecimento da mistura durante o trajeto até o bico de projeção. O mangote é seccionado a mais ou menos cinco metros antes do bico, parte em que é conectado um dispositivo que permite a injeção da água.
Além de facilitar a aplicação em si, outra vantagem desse processo é a diminuição da quantidade de pó gerado na operação.
Preparação de bomba para a projeção de concreto via seca.
Aplicação por via úmida
O processo de aplicação por via úmida consiste em uma preparação da forma comum, misturando-se – antes do bombeamento – o cimento, agregados e água. Apenas o aditivo acelerador é adicionado, juntamente com o concreto fresco, na hora da projeção.
Ou seja, o concreto chega à bomba com toda a água necessária já misturada, sendo o ar comprimido utilizado para acelerar a projeção no bico. E, em alguns casos, para pressurização de câmaras da bomba de concreto ou mesmo para transporte da mistura úmida pelo mangote.
Entre as vantagens da aplicação por via úmida, estão:
Menos equipamentos no local de trabalho;
Menor desgaste dos equipamentos utilizados;
Menor consumo de ar comprimido;
Menor perda de material durante o lançamento;
Não produz poeira.
Já os fatores negativos dizem respeito às seguintes situações:
Dificuldade em obter maior resistência, já que o fator água/cimento é alto na mistura;
O concreto é menos compactado, devido ao fator água/cimento ser alto;
Quando aplicado em uma superfície com presença de água, possui maior dificuldade no controle de qualidade do material;
Pode produzir grande perda de material caso seja necessária a interrupção dos serviços.
A diferença desse processo em relação ao anterior é que, por via seca, utiliza-se tal aplicação onde há dificuldade de acesso ou quando a distância entre a usina de concreto e o canteiro é muito grande. No caso de não haver esse cenário, a escolha se dá pela projeção via úmida.
Projeção de concreto por via úmida tem menor consumo de ar comprimido em comparação com a via seca.
Quais as grandes vantagens desse concreto?
Algumas das maiores vantagens do concreto projetado em relação aos demais dizem respeito à maior facilidade de adesão e ganho de resistência em um período de tempo surpreendentemente curto.
Há, também, a dispensa do emprego de fôrmas para conter o selamento das superfícies. Isso ocorre devido à alta velocidade de lançamento e componentes especiais.
Onde ele é usado?
O concreto projetado é amplamente utilizado na estabilização de encostas, reforço estrutural (lajes, vigas, pilares), paredes de contenção, construção de piscinas e reservatórios, barragens e paredes de concreto armado.
Isso sem contar que se trata do material mais indicado para concretagens urgentes em socorro de estruturas que sofreram algum tipo de acidente. Mas, a principal aplicação acontece mesmo na construção de túneis.
Normalmente empregado em túneis com escavação manual ou túneis mineiros, o concreto projetado pode ser útil tanto nos casos de construções feitas em solos quanto em rochas. As aplicações vão desde o revestimento primário de túneis até o revestimento definitivo, em substituição à solução tradicional de revestimento final em concreto moldado in loco.
Na construção de grandes barragens, após escavação e limpeza da rocha, o leito e encostas são tratados com concreto projetado. O motivo diz respeito à boa aderência e pelo material preencher bem as cavidades, antes do lançamento do concreto convencional.
O concreto projetado pode também ser combinado com outras soluções, como revestimento para o solo grampeado, uma tecnologia construtiva desenvolvida inicialmente para a construção de galerias.
Concreto projetado aplicado em um túnel.
Quais são os maiores desafios do concreto projetado?
Podemos destacar as seguintes situações como sendo os maiores desafios do concreto projetado: homogeneidade, índice de reflexão, desplacamento e aderência.
Homogeneidade
A falta de homogeneidade do concreto projetado aparece devido ao próprio processo de projeção, a uma execução descuidada ou a uma falta de experiência da equipe. As causas principais da heterogeneidade do material, apresentando-se com defeitos, são:
Oclusão de material refletido;
Laminação;
Efeito de sombra;
Desplacamentos;
Alterações na superfície do material;
Variação da resistência à compressão do material.
Índices de reflexão
A reflexão é uma característica inerente ao processo de lançamento do concreto projetado. Ela é um dos fatores que determinam a viabilidade econômica do produto, pois o material refletido não pode ser reempregado na projeção.
Os fatores que determinam a maior ou menor reflexão vão desde o traço do concreto e qualidade dos materiais até as condições da superfície.
Os índices de reflexão podem ser minimizados com a incorporação de materiais finos, como a sílica ativa, que além de aumentar a resistência do concreto proporciona maior coesão, redução da dimensão do agregado e aumento do teor de aditivos aceleradores.
Desplacamento
Desplacamento é o fenômeno de destacamento de massa já projetada por falta de aderência. A falta de aderência ocorre devido à aplicação de concreto projetado sobre superfícies com materiais soltos, muito lisos, com camadas de carbonato de cálcio ou muito úmidos. Também pode ocorrer caso o concreto projetado tenha excesso de umidade.
Outra razão é que o concreto projetado normal dificilmente consegue atingir espessuras superiores a 7,5cm sem que haja o rompimento por falta de coesão. Assim, para atingir essas espessuras, utilizam-se várias passadas (o que aumenta a reflexão) ou recorre-se a aditivos aceleradores de pega ou emprego de sílica ativa.
O desplacamento gera um maior risco de acidentes no trabalho durante a projeção, visto que pode ocorrer queda de material sobre algum operário ou sobre o próprio mangoteiro.
Aderência
Como causa desplacamentos, a falta de aderência do concreto projetado causa problemas de custos, assim como de segurança estrutural e operacional. Ela pode ocorrer devido a substratos fracos, muito lisos ou, ainda, que estejam contaminados com material solto ou parcialmente endurecidos.
A pequena resistência do material nas primeiras horas após a projeção também é uma causa importante da falta de aderência. Isso pode desencadear fissuramento junto ao substrato, devido ao próprio peso da camada e à grande deformabilidade. A utilização de uma maior quantidade de aditivos aceleradores de pega seria a solução para essa questão.
Como aumentar a qualidade do concreto projetado?
O fator mais importante do concreto projetado é a coesão, que rege a facilidade que a massa tem de aderir ao substrato. Para que isso ocorra, deve-se aumentar a quantidade de finos do traço do concreto, adicionando a sílica ativa, que é cerca de cem vezes mais fina do que o cimento.
Além de aumentar a durabilidade do concreto, esse processo trará maior coesão, aderência e resistência. Essas questões irão ajudar a prevenir possíveis reações dos agregados com os álcalis do cimento, além de reduzir significativamente o calor de hidratação.
O uso da sílica ativa também tem como principais vantagens reduzir a permeabilidade do concreto, aumentar a resistividade e minimizar os índices de reflexão, além de funcionar como proteção a agentes agressivos.
Fibras de aço e de propileno também são muito utilizadas na elaboração de concretos projetados. Mesmo não tendo como função primordial a elevação da resistência, contribuem para a maior ductilidade do concreto, melhorando a distribuição de fissuras e reduzindo a abertura máxima delas.
Os principais cuidados na hora de usar esse concreto
Com relação à saúde, deve haver o cuidado de usar os EPIs. Afinal, há grande formação de poeira quando o concreto é inserido no equipamento de jateamento por via seca. Além disso, o cimento em si também é perigoso para a pele. Em termos gerais, deve-se sempre usar luvas, máscaras tipo PFF1 e calçados, para a neutralização dos agentes agressivos.
As operações de projeção de concreto incluem perigos como: ocorrências durante a projeção propriamente dita, reflexão, entupimentos, quebra de equipamentos, queimaduras causadas por materiais cáusticos e desplacamentos. No caso de via seca, há ainda a presença de partículas finas em suspensão.
Com relação ao concreto projetado em si, antes do início da aplicação, deve-se verificar se materiais e equipamentos estão em condições de permitir uma operação contínua e eficiente. Caso a preparação das superfícies tenha sido efetuada dias ou semanas antes da aplicação, o substrato deve ser novamente limpo e umedecido.
Vale ressaltar que tanto o concreto projetado por via seca quanto por via úmida utilizam diferentes tipos de equipamentos, com os quais a equipe básica deve estar familiarizada.
O Concreto projetado no Goiânia é lançado em alta velocidade sobre uma superfície e transportado pneumaticamente, além de ser auto-compactado e de grande resistência.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define o concreto projetado como “um concreto com dimensão máxima do agregado superior a 4,8mm, transportado através de uma tubulação e projetado, sob pressão, a elevada velocidade, sobre uma superfície, sendo compactado simultaneamente”.
Essa técnica de concretagem é utilizada no mundo desde o início do século passado. Já no Brasil, o concreto projetado foi inserido na construção civil na década de 1960.
Aplicação do concreto projetado, técnica utilizada na construção civil brasileira desde a década de 1960.
Quais as principais características do concreto projetado na região do Goiânia?
O concreto projetado, também conhecido como gunita, é uma excelente opção na construção de túneis, estabilização de encostas, reforço estrutural, paredes de contenção, piscinas e paredes de concreto armado. É, ainda, o mais indicado para concretagens urgentes em socorro de estruturas que sofreram algum tipo de dano.
Quando comparado com o concreto tradicional, percebe-se que, apesar de a dosagem de cimento ser a mesma (variando entre 300 e 375kg/m³ e, em alguns casos, 500kg/m³), os agregados são tamanhos diferentes, enquanto o projetado trabalha usualmente com Brita 0, o concreto tradicional pode empregar agregados maiores.
Isso ocorre para possibilitar a redução de cimento e a diminuição da retração hidráulica, permitindo que o concreto projetado seja utilizado como material estrutural.
Conforme a definição inicial deste artigo, a mistura é transportada por uma tubulação e propelida em velocidade e pressão elevadas sobre a superfície. O material lançado adere à superfície devido à força do impacto, sem a necessidade dos vibradores. Isso resulta em um concreto resistente e de alta compacidade.
Para aplicar o concreto projetado, é normal a utilização de um aditivo de acelerador de pega, assim como a utilização de fibras para concreto no meio da mistura, que podem substituir até mesmo as armaduras convencionais.
Em se tratando do cimento, não há restrições a serem adotadas. Já os agregados são: areia natural com módulo de finura entre 2,4 e 3,2, além de Brita 0 com Dmax de 12,5mm. Para finalizar, esse tipo de concreto requer os mesmos cuidados com a cura em relação ao concreto convencional.
Quais os tipos de concreto projetado existentes no Goiânia?
Os tipos de concreto projetado e o processo de projeção podem ser classificados segundo o tipo de equipamento envolvido. Isso é definido de acordo com as condições nas quais o material irá ser trabalhado.
Levando em conta os equipamentos disponíveis atualmente, é possível definir dois tipos básicos de processo de projeção: por via seca e por via úmida.
Aplicação por via seca
O processo de aplicação do concreto por via seca consiste na mistura do cimento com agregados. Essa mistura é conduzida sob pressão até o bico projetor, no qual recebe a água e os aditivos. Para um menor consumo de cimento, é indicado utilizar um mangote com maior extensão.
Por via seca, o concreto pode ser ajustado às diversas condições da superfície de aplicação, inclusive na presença de água. Entre as vantagens da aplicação via seca, estão:
Alcance da projeção do concreto de até 60 metros de distância;
Menor investimento total quando comparado à via úmida;
Fácil operação dos equipamentos;
Material mais compactado à superfície;
Grandes resistências devido ao baixo fator água/cimento.
Já entre os fatores negativos, destacam-se:
Consumo de ar comprimido, gerando maior esforço do compressor;
Perda de material que não impregna na superfície de aplicação;
Perda de agregado no momento do lançamento;
Geração de poeira.
A projeção via seca tem sido facilitada ao longo dos anos por meio de um processo que permite o pré-umedecimento da mistura durante o trajeto até o bico de projeção. O mangote é seccionado a mais ou menos cinco metros antes do bico, parte em que é conectado um dispositivo que permite a injeção da água.
Além de facilitar a aplicação em si, outra vantagem desse processo é a diminuição da quantidade de pó gerado na operação.
Preparação de bomba para a projeção de concreto via seca.
Aplicação por via úmida
O processo de aplicação por via úmida consiste em uma preparação da forma comum, misturando-se – antes do bombeamento – o cimento, agregados e água. Apenas o aditivo acelerador é adicionado, juntamente com o concreto fresco, na hora da projeção.
Ou seja, o concreto chega à bomba com toda a água necessária já misturada, sendo o ar comprimido utilizado para acelerar a projeção no bico. E, em alguns casos, para pressurização de câmaras da bomba de concreto ou mesmo para transporte da mistura úmida pelo mangote.
Entre as vantagens da aplicação por via úmida, estão:
Menos equipamentos no local de trabalho;
Menor desgaste dos equipamentos utilizados;
Menor consumo de ar comprimido;
Menor perda de material durante o lançamento;
Não produz poeira.
Já os fatores negativos dizem respeito às seguintes situações:
Dificuldade em obter maior resistência, já que o fator água/cimento é alto na mistura;
O concreto é menos compactado, devido ao fator água/cimento ser alto;
Quando aplicado em uma superfície com presença de água, possui maior dificuldade no controle de qualidade do material;
Pode produzir grande perda de material caso seja necessária a interrupção dos serviços.
A diferença desse processo em relação ao anterior é que, por via seca, utiliza-se tal aplicação onde há dificuldade de acesso ou quando a distância entre a usina de concreto e o canteiro é muito grande. No caso de não haver esse cenário, a escolha se dá pela projeção via úmida.
Projeção de concreto por via úmida tem menor consumo de ar comprimido em comparação com a via seca.
Quais as grandes vantagens desse concreto?
Algumas das maiores vantagens do concreto projetado em relação aos demais dizem respeito à maior facilidade de adesão e ganho de resistência em um período de tempo surpreendentemente curto.
Há, também, a dispensa do emprego de fôrmas para conter o selamento das superfícies. Isso ocorre devido à alta velocidade de lançamento e componentes especiais.
Onde ele é usado?
O concreto projetado é amplamente utilizado na estabilização de encostas, reforço estrutural (lajes, vigas, pilares), paredes de contenção, construção de piscinas e reservatórios, barragens e paredes de concreto armado.
Isso sem contar que se trata do material mais indicado para concretagens urgentes em socorro de estruturas que sofreram algum tipo de acidente. Mas, a principal aplicação acontece mesmo na construção de túneis.
Normalmente empregado em túneis com escavação manual ou túneis mineiros, o concreto projetado pode ser útil tanto nos casos de construções feitas em solos quanto em rochas. As aplicações vão desde o revestimento primário de túneis até o revestimento definitivo, em substituição à solução tradicional de revestimento final em concreto moldado in loco.
Na construção de grandes barragens, após escavação e limpeza da rocha, o leito e encostas são tratados com concreto projetado. O motivo diz respeito à boa aderência e pelo material preencher bem as cavidades, antes do lançamento do concreto convencional.
O concreto projetado pode também ser combinado com outras soluções, como revestimento para o solo grampeado, uma tecnologia construtiva desenvolvida inicialmente para a construção de galerias.
Concreto projetado aplicado em um túnel.
Quais são os maiores desafios do concreto projetado?
Podemos destacar as seguintes situações como sendo os maiores desafios do concreto projetado: homogeneidade, índice de reflexão, desplacamento e aderência.
Homogeneidade
A falta de homogeneidade do concreto projetado aparece devido ao próprio processo de projeção, a uma execução descuidada ou a uma falta de experiência da equipe. As causas principais da heterogeneidade do material, apresentando-se com defeitos, são:
Oclusão de material refletido;
Laminação;
Efeito de sombra;
Desplacamentos;
Alterações na superfície do material;
Variação da resistência à compressão do material.
Índices de reflexão
A reflexão é uma característica inerente ao processo de lançamento do concreto projetado. Ela é um dos fatores que determinam a viabilidade econômica do produto, pois o material refletido não pode ser reempregado na projeção.
Os fatores que determinam a maior ou menor reflexão vão desde o traço do concreto e qualidade dos materiais até as condições da superfície.
Os índices de reflexão podem ser minimizados com a incorporação de materiais finos, como a sílica ativa, que além de aumentar a resistência do concreto proporciona maior coesão, redução da dimensão do agregado e aumento do teor de aditivos aceleradores.
Desplacamento
Desplacamento é o fenômeno de destacamento de massa já projetada por falta de aderência. A falta de aderência ocorre devido à aplicação de concreto projetado sobre superfícies com materiais soltos, muito lisos, com camadas de carbonato de cálcio ou muito úmidos. Também pode ocorrer caso o concreto projetado tenha excesso de umidade.
Outra razão é que o concreto projetado normal dificilmente consegue atingir espessuras superiores a 7,5cm sem que haja o rompimento por falta de coesão. Assim, para atingir essas espessuras, utilizam-se várias passadas (o que aumenta a reflexão) ou recorre-se a aditivos aceleradores de pega ou emprego de sílica ativa.
O desplacamento gera um maior risco de acidentes no trabalho durante a projeção, visto que pode ocorrer queda de material sobre algum operário ou sobre o próprio mangoteiro.
Aderência
Como causa desplacamentos, a falta de aderência do concreto projetado causa problemas de custos, assim como de segurança estrutural e operacional. Ela pode ocorrer devido a substratos fracos, muito lisos ou, ainda, que estejam contaminados com material solto ou parcialmente endurecidos.
A pequena resistência do material nas primeiras horas após a projeção também é uma causa importante da falta de aderência. Isso pode desencadear fissuramento junto ao substrato, devido ao próprio peso da camada e à grande deformabilidade. A utilização de uma maior quantidade de aditivos aceleradores de pega seria a solução para essa questão.
Como aumentar a qualidade do concreto projetado?
O fator mais importante do concreto projetado é a coesão, que rege a facilidade que a massa tem de aderir ao substrato. Para que isso ocorra, deve-se aumentar a quantidade de finos do traço do concreto, adicionando a sílica ativa, que é cerca de cem vezes mais fina do que o cimento.
Além de aumentar a durabilidade do concreto, esse processo trará maior coesão, aderência e resistência. Essas questões irão ajudar a prevenir possíveis reações dos agregados com os álcalis do cimento, além de reduzir significativamente o calor de hidratação.
O uso da sílica ativa também tem como principais vantagens reduzir a permeabilidade do concreto, aumentar a resistividade e minimizar os índices de reflexão, além de funcionar como proteção a agentes agressivos.
Fibras de aço e de propileno também são muito utilizadas na elaboração de concretos projetados. Mesmo não tendo como função primordial a elevação da resistência, contribuem para a maior ductilidade do concreto, melhorando a distribuição de fissuras e reduzindo a abertura máxima delas.
Os principais cuidados na hora de usar esse concreto
Com relação à saúde, deve haver o cuidado de usar os EPIs. Afinal, há grande formação de poeira quando o concreto é inserido no equipamento de jateamento por via seca. Além disso, o cimento em si também é perigoso para a pele. Em termos gerais, deve-se sempre usar luvas, máscaras tipo PFF1 e calçados, para a neutralização dos agentes agressivos.
As operações de projeção de concreto incluem perigos como: ocorrências durante a projeção propriamente dita, reflexão, entupimentos, quebra de equipamentos, queimaduras causadas por materiais cáusticos e desplacamentos. No caso de via seca, há ainda a presença de partículas finas em suspensão.
Com relação ao concreto projetado em si, antes do início da aplicação, deve-se verificar se materiais e equipamentos estão em condições de permitir uma operação contínua e eficiente. Caso a preparação das superfícies tenha sido efetuada dias ou semanas antes da aplicação, o substrato deve ser novamente limpo e umedecido.
Vale ressaltar que tanto o concreto projetado por via seca quanto por via úmida utilizam diferentes tipos de equipamentos, com os quais a equipe básica deve estar familiarizada.