Um empreendimento imobiliário vai muito além do apartamento. No metaverso, será possível ver a fachada de frente, entrar no prédio, conhecer de perto a área social, o elevador, a vaga da garagem. E isso acompanhado de um corretor de imóveis ou de um representante da própria construtora para fazer a apresentação de cada espaço.
E por que não? Por meio de parcerias, como fabricantes de móveis, por exemplo, será possível remontar o imóvel usando um acervo mobiliário para cada cômodo. Tudo ao gosto do cliente! A experiência de conhecer por completo um produto altamente personalizado, apesar de ainda não estar pronto, é uma realidade perfeitamente verossímil com o metaverso. A humanidade em breve vai se ver num imenso The Sims, aquele game clássico de computador, muito mais real do que se possa imaginar.
Mas vale um adendo: esse mundo novo que vem despontando aos olhos da humanidade representa um passo importante, mas está longe de ser o primeiro, pelo menos para a construção civil. O BIM – sigla de Building Information Modeling, ou Modelagem da Informação da Construção, na tradução – é um sistema revolucionário que já é aplicado há alguns anos pelas melhores empresas de engenharia do País. É o que há, por ora, de mais moderno no âmbito da construção civil.
Ademais, suas potencialidades são em certa medida próximas daquilo que o metaverso oferece, excetuando-se a necessidade do deslocamento se levarmos que nem todo usuário comum dispõe dos meios necessários para rodar o BIM em sua casa. Porém, a apresentação ao cliente permite a ideia de “viajar” pelo empreendimento e também ultrapassa os limites do showroom, estendendo-se a todas as demais dependências físicas do edifício.
Podemos afirmar que os avanços digitais tendem a transpor para o mundo dos pixels o alcance que hoje é um privilégio apenas da nossa realidade física. Há muita coisa a evoluir, mas todos os dias deparamos com novas oportunidades de oferecer aos clientes outros níveis de experiência que prometem elevar até mesmo seu grau de exigência. Em breve, sair de casa pode ser empecilho suficiente para alguém não fechar negócio. Ainda que seja para adquirir um produto tão valioso e emblemático como um imóvel.